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Arrendar casa em Portugal custa até 21% mais em algumas regiões, enquanto preços de venda sobem 20% num ano

O Imovirtual, portal imobiliário de referência, apresenta o seu barómetro mais recente, relativo à evolução dos preços médios anunciados de arrendamento e venda em Portugal, incluindo ilhas. Os dados comparam os valores de fevereiro de 2025 com os do mês anterior, janeiro de 2025, e com o período homólogo, fevereiro de 2024.

Arrendamento

Em relação ao valor médio dos imóveis para arrendar, este continua a crescer, registando um aumento de 8% em termos anuais, estando 100€ mais caro e uma subida mensal de 4%, passando de 1.250€ para 1.300€.

Norte

A região Norte registou variações diversas nos preços de arrendamento. Bragança destacou-se pelo maior crescimento percentual, com um aumento mensal de 10% (500€ para 550€) e uma subida anual de 22% (450€ para 550€). Também Viana do Castelo registou um aumento mensal de 7% (750€ para 800€).

Por outro lado, a Guarda apresentou a maior queda mensal, com uma descida de -26% (680€ para 500€), apesar de ainda registar um aumento anual expressivo de 28%. Já Vila Real também registou um decréscimo mensal de -9% (550€ para 500€), mas um crescimento anual de 14%. Contudo, alguns distritos mantiveram os preços estáveis, face ao mês passado, como Braga (900€) e Aveiro (900€), sendo que o Porto (1.200€), apesar do seu ligeiro aumento (+4%, face ao mês anterior), recuperou o valor praticado em fevereiro de 2024.

Centro

O Centro registou uma relativa estabilidade nos preços do arrendamento, com algumas variações pontuais. Leiria teve o maior crescimento mensal, com uma subida de 6% (800€ para 850€), embora tenha apresentado uma ligeira descida anual de -4%. Porém, os valores mantiveram-se estáveis em Castelo Branco (600€), Coimbra (750€) e Santarém (800€). Já Lisboa registou um crescimento mensal de 6% também, atingindo os 1.800€, consolidando-se como o distrito mais caro do país para arrendar.

Sul

O Sul registou variações significativas, com algumas subidas expressivas. Faro e Setúbal registaram aumentos mensais de 4%, passando para 1.250€, mantendo-se entre os distritos mais caros para arrendar. Já Beja destacou-se com a subida mensal mais elevada de 8% (695€ para 750€), enquanto Évora teve um aumento anual impressionante de 42%, apesar de uma ligeira descida mensal de -1% (1.000€ para 995€). Por outro lado, Portalegre registou a maior queda mensal da região, com uma descida de -8% (600€ para 550€), embora tenha registado um aumento de 5% face ao ano anterior.

Ilhas

Nas Ilhas, o mercado de arrendamento mostrou alguma volatilidade. A Ilha Terceira registou um crescimento mensal expressivo de 21% (700€ para 850€), enquanto a Ilha de São Miguel manteve o valor dos 900€, consolidando-se como a ilha com maior crescimento anual (+29%). A Ilha da Madeira registou uma ligeira descida mensal de -3% (1.600€ para 1.550€), mas ainda apresenta um aumento de 3% face ao ano anterior.

Distritos e Ilhas mais baratos e mais caros para arrendar

Os distritos mais baratos para arrendar casa em fevereiro de 2025 foram Guarda (500€)Vila Real (500€), Bragança (550€), e Portalegre (550€). Já os mais caros foram Lisboa (1.800€), Ilha da Madeira (1 550€), Faro (1.250€) e Setúbal (1.250€).

Venda
No que diz respeito ao preço médio de venda a nível nacional, verificou-se uma subida de 3% em fevereiro de 2025 face ao mês anterior, passando de 380.000€ para 390.000€. Em termos anuais, os preços registaram um crescimento de 20%, representando uma subida de 65.100€ em relação a fevereiro de 2024 (324.900€ para 390.000€).

Norte
Na região Norte, os preços de venda continuaram a subir, com destaque para Viseu, que registou o maior aumento mensal da região, com +9% (180.000€ para 196.750€), e um crescimento anual de 12% (175.000€ para 196.750€). Também se destacaram Viana do Castelo, com uma subida mensal de 4% (269.000€ para 279.000€), e Porto, que viu os preços crescerem 2% no último mês (372.000€ para 380.000€), acumulando uma valorização anual de 19%. Já Bragança registou uma descida de 4% face a janeiro (125.000€ para 120.000€), mantendo-se estável face a fevereiro de 2024. Vila Real registou uma ligeira queda mensal de -2%, mas um crescimento anual de 9%.

Centro
A região Centro apresentou variações moderadas nos preços de venda. O destaque vai para Lisboa, que registou uma subida mensal de 5% (555.000€ para 580.000€), atingindo um crescimento anual expressivo de 29%Coimbra também evidenciou um aumento mensal de 5% (215.000€ para 225.000€), acompanhando a tendência positiva do mercado. Leiria manteve uma evolução estável, com uma ligeira subida mensal de 1% e um crescimento anual de 10%. Por outro lado, Castelo Branco registou uma nova descida de -1% em relação ao mês anterior e acumula uma queda anual de -2%, mantendo-se como uma das zonas mais acessíveis da região.

Sul
No Sul, os preços médios de venda registaram aumentos significativos, com destaque para Beja, que subiu 6% num mês (160.000€ para 170.000€) e 21% no último ano. Évora e Setúbal acompanharam esta tendência, com crescimentos mensais de 5% e anuais de 23%Faro manteve-se como um dos distritos mais caros da região, subindo 4% no último mês e acumulando um crescimento anual de 13%.

Ilhas
Nas ilhas, as variações foram mais evidentes em algumas localizações. A Ilha do Faial foi o grande destaque, registando uma valorização mensal impressionante de 77% (175.000€ para 310.000€) e um crescimento anual de 70%A Ilha de São Miguel manteve um crescimento sólido, aumentando 2% no último mês e 40% no último ano. A Ilha de Porto Santo também seguiu esta tendência, crescendo 5% no mês e 27% no ano.
Por outro lado, algumas ilhas registaram quedas, como a Ilha da Graciosa, que desceu -13% no último mês, e a Ilha das Flores, que acumulou uma descida anual de -20%.

Distritos e Ilhas mais baratos e mais caros para comprar casa

A nível nacional, os distritos mais acessíveis para comprar casa em fevereiro de 2025 foram Castelo Branco (86.500€), Guarda (99.700€) e Bragança (120.000€), Já os mais caros continuam a ser Lisboa (580.000€), a Ilha da Madeira (550.000€) e Faro (495.000€).

Análise comparativa entre zonas

Ao analisar o mercado imobiliário em termos de arrendamento e venda, continuam a verificar-se disparidades significativas entre as várias regiões do país. No arrendamento, o Centro e o Norte mantêm-se como as zonas com valores mais acessíveis. Destacam-se Bragança (550€), Castelo Branco (600€) e Guarda (500€) como alguns dos distritos mais económicos para arrendar casa. Por outro lado, o Sul e as Ilhas continuam a apresentar os valores médios de renda mais elevados, com Lisboa (1.800€), Faro (1.250€) e a Ilha da Madeira (1.550€) no topo da lista. Apesar da generalizada estabilização dos preços em algumas regiões, verificaram-se aumentos expressivos em certas localizações, como a Ilha Terceira, onde o valor médio da renda subiu 21% no último mês.

Já no mercado de venda, o Sul e as Ilhas continuam a destacar-se pelas maiores valorizações anuais. O distrito de Lisboa lidera com 580.000€, seguido pela Ilha da Madeira (550.000€) e Faro (495.000€), refletindo a forte procura e a escassez de oferta nestas regiões. A Ilha do Faial registou a valorização mais significativa, com um crescimento mensal de 77%, atingindo os 310.000€. Em contraste, distritos do Norte e Centro continuam a oferecer preços mais acessíveis, com Bragança (120.000€), Castelo Branco (86.500€) e Guarda (99.700€) entre as opções mais económicas.

Estas variações refletem as dinâmicas distintas entre regiões, influenciadas por fatores como a acessibilidade, a procura crescente por localizações periféricas e a evolução do mercado imobiliário em resposta a mudanças económicas e sociais. O arrendamento continua a ganhar peso em determinadas regiões, ao mesmo tempo que o mercado de venda revela uma valorização mais acentuada em áreas insulares e costeiras.

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