O temporal Félix, que este fim-de-semana afectou o litoral, obrigou a atenções redobradas mas ficou, na região de Aveiro, longe das piores previsões e aquém, por exemplo, da tempestade Hércules, que ficou na memória por causa dos estragos que causou em 2014.
O alerta de mau tempo da Capitania do Porto de Aveiro divulgado na passada sexta-feira alertava a comunidade para o perigo da circulação junto da orla marítima e zonas ribeirinhas.
A previsão de ondulação do quadrante oeste, com vagas que poderiam chegar aos 10 ou 15 metros na costa ocidental dava sinal de preocupação. Mesmo que a ondulação em Aveiro não chegasse àqueles valores, esta é uma zona do país habitualmente sujeita aos efeitos da erosão costeira que se agudizam nestes períodos de tempestade no mar.
Na verdade, este será, em termos de efeitos na costa, o pior Inverno desde 2014, segundo a Agência Portuguesa do Ambiente mas, curiosamente, terá poupado as praias dos concelhos de Ovar e Ílhavo, habitualmente as mais sacrificadas.
Em Cortegaça, Esmoriz e no Furadouro, onde decorre uma obra de reconstituição dunar a norte e a sul da praia e no Torrão do Lameiro (praia dos Marretas), promovida pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA) e financiada pelo POSEUR – Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos, a água do mar galgou a protecção, devido à altura das ondas, mas sobretudo atirada pelo forte vento que se fez sentir, mas sem a expressão de outros episódios e sem causar estragos de maior.
A Protecção Civil local não sentiu sequer necessidade de cortar o acesso automóvel à avenida Marginal do Furadouro. Nas praias do concelho não há registo de qualquer problema, segundo revelou fonte dos Bombeiros de Ovar
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Pelo contrário, num levantamento provisório actualizado até esta semana, zonas normalmente mais calmas, como no Algarve, terão sido mais duramente fustigadas pela tempestade, o que já havia acontecido, aliás, durante a tempestade Emma.
(Ler mais in Diário de Aveiro)
