Política

AD culpa o governo socialista pela “inação total” em nove anos

A candidatura da Aliança Democrática por Aveiro lamentou este domingo aquilo a que chamou de “inação total” do estado central na defesa da costa, que tem no Furadouro, concelho de Ovar, o expoente máximo das preocupações. Emídio Sousa e Salvador Malheiro, ambos candidatos a deputados, defenderam uma intervenção musculada para evitar a erosão costeira.

“Este é o grande drama do distrito de Aveiro. Tendo uma linha de costa significativa, é o distrito que mais está a sofrer com a erosão costeira e o consequente recuo da linha de costa” – atirou Emídio Sousa no final de uma visita ao concelho de Ovar, que disse ser “o mais fustigado” por este flagelo, já que “todas as freguesias de costa sofrem, e de que forma, este drama”.

Para Emídio Sousa, o caso configura “uma emergência”, não se compreendendo, como afirmou, “que o governo do PS, nos últimos anos, não tenha feito rigorosamente nada pela defesa da linha de costa, pela defesa dos bens das pessoas, por um espaço que tem uma atividade económica muito significativa”, pelo que, “se não forem rapidamente tomadas medidas de proteção, todo este espaço pode ser comprometido”.

“Lamentamos ao fim de tantos anos de poder, o atual candidato a primeiro ministro, sendo de Aveiro venha, provavelmente, um dia destes aqui dizer que agora é que vai ser. Nessa altura, espero que as pessoas percebam que quem em nove anos não fez nada, não será agora que vai fazer” – concluiu Emídio Sousa.

Salvador Malheiro, que integra a lista da AD por Aveiro e liderou a autarquia ovarense nos últimos anos, afina pelo mesmo diapasão, recordando que a defesa da costa “é uma competência do governo central, mas, não obstante, a Câmara de Ovar sempre mostrou a sua disponibilidade para colaborar na resolução deste problema, que é um problema muito complexo”. O município custeou a execução do projeto, pagou um estudo de impacte ambiental, “sempre com a promessa do governo socialista de que as obras iriam para o terreno à primeira oportunidade”.

“Volvidos oito ou nove anos, não houve, sequer, uma pequena obra que tivesse avançado com este governo. Espero que os ovarenses, na hora de votarem, lembrem-se de que o governo socialista não concretizou e que, portanto, não merece o voto nesse momento” – vincou, a propósito, Salvador Malheiro.

O autarca local, Domingos Silva, lembrou, no final da visita deste domingo, que a última obra feita no Furadouro foi em 2015, “precisamente com o governo do PSD”. A concluir, o presidente da Câmara afirmou: “vamos com nove anos de inação total na defesa das nossas populações e o Furadouro está ameaçado. Mas temos esperança nesta nova equipa que Aveiro vai ter e no governo da nação que queremos eleger, para que, finalmente, olhem para o concelho de Ovar e salvem o Furadouro”.

 

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