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A Cerimónia de Abertura dos Jogos Paralímpicos de Paris, segundo Tiago Vital

A presença portuguesa nas Olimpíadas de Paris vai além da bem sucedida missão desportiva, uma das melhores de sempre.

Nos bastidores, a trabalhar para nada falhar esteve Tiago Vital, integrado na equipa que organizou a Cerimónia de Abertura dos Jogos Paralímpicos de Paris 2024, numa experiência que considera única na vida.

A responsabilidade do avancanense incluiu a supervisão e coordenação das operações na Praça La Concorde, onde o público participa ativamente dos Jogos Olímpicos. A iniciativa visa aproximar os fãs do espírito olímpico, oferecendo arenas interativas de basquete 3×3, BMX e skate, tudo no meio dos monumentos históricos da cidade.

O destaque da La Concorde é a Chama Olímpica, que, pela primeira vez, está acessível ao público, criando uma conexão direta e inédita entre o símbolo dos Jogos e os espectadores.

“Esta função estendeu-se a funções de supervisão da própria Cerimónia de Abertura, o que exigiu uma atenção total ao detalhe”, conta Tiago.

O trabalho dele exigiu a gestão abrangente de todos os departamentos participantes, com foco no controlo e monitorização de todos os aspetos. “Isto abrangeu, mas não se limitou à engenharia e infraestruturas, fornecimento de energia, movimentação de pessoas, bilhética, media e transmissão, gestão desportiva, logística, produção, serviços de alimentação e bebidas, gestão de resíduos, espetáculos ao vivo, segurança, e protocolo”.

Cada um destes elementos foi gerido com uma precisão cirúrgica, sublinhando Tiago a importância de “lidar com a complexidade e a escala de um evento desta magnitude”.

Conforme descreve, tal requer “uma compreensão profunda dos processos intrincados que sustentam a gestão de eventos em grande escala, juntamente com uma visão ampla e estratégica do papel da organização no quadro social e o seu impacto duradouro tanto na cidade como na nação”.

A sua preocupação centrou-se em equilibrar estas exigências, garantindo que cada detalhe fosse cuidadosamente planeado e executado.

Além disso, e tal como na experiência anterior durante os Jogos Olímpicos, esta função envolveu a gestão de uma força de trabalho diversificada, coordenando esforços entre múltiplos departamentos e garantindo a formação eficaz e mobilização de centenas de voluntários, que são indispensáveis para a execução bem-sucedida das atividades do evento.

A capacidade de Tiago para inspirar e liderar esta equipa diversificada foi crucial para o sucesso do evento.

Enquanto Coordenador de Operações de Eventos na Praça La Concorde, foi responsável pela gestão abrangente das operações em todos os departamentos participantes.

Outro aspeto significativo da sua ação envolveu a supervisão das operações logísticas relacionadas com os atletas e os seus respetivos eventos, garantindo que todos os elementos fossem geridos com precisão e eficiência. Adicionalmente, Tiago foi responsável pela gestão operacional dos espetáculos ao vivo e entretenimento no Parque Urbano parisiense, assegurando que todas as performances acontecessem de forma impecável.

Em jeito de balanço, Tiago Vital mostra-se orgulhoso por o evento ter decorrido com o “máximo profissionalismo e eficiência desde a preparação até à execução”.

A paixão de Tiago pelo desporto, especialmente pelo andebol, teve um impacto profundo na sua vida e carreira. Durante 20 anos, Tiago praticou andebol na Associação Artística de Avanca, uma experiência que ele considera “a base da sua vida profissional”. “A disciplina, a resiliência e a capacidade de trabalhar em equipa que desenvolveu durante este período foram fundamentais para o seu sucesso na gestão de eventos”. Tiago aponta a Associação Artística de Avanca como a “culpada” de todos os seus sucessos, uma verdadeira escola que o preparou para ultrapassar dificuldades e gerir momentos menos felizes e situações de crise, que são uma constante no setor onde se move profissionalmente.

A participação de Tiago de Matos Vital nas Olimpíadas de Paris 2024 demonstrou que a prática de desporto e a experiência acumulada ao longo dos anos foram elementos chave que contribuíram para o sucesso do seu trabalho em Paris cuja experiência olímpica foi a mais inclusiva, envolvente e inesquecível, ao integrar desporte, cultura e história num só local.

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