PCP visitou Gondesende, em Esmoriz

Uma delegação do PCP esteve em Gondesende em contacto com a população. Esta localidade na área nascente da cidade Esmoriz, para lá da autoestrada A29, mantém a condição de território esquecido pela Junta de Freguesia de Esmoriz e pela Câmara Municipal de Ovar.

São vários os problemas relatados pela população, muitos dos quais já denunciados previamente ao PCP, e devidamente divulgados em comunicados anteriores.

A população desta localidade, não tem transporte público rodoviário que ligue Gondosende à zona de maior centralidade da cidade, à estação ferroviária de Esmoriz, ao Parque Ambiental do Buçaquinho e à Barrinha e à Praia de Esmoriz. Incompreensivelmente, esta comunidade, só tem serviço de transportes públicos que a conduza aos municípios vizinhos: Espinho e Santa Maria da Feira.
Como forma de “desincentivo” à utilização de transportes públicos, as paragens de autocarros estão ao abandono e não são alvo de manutenção: continuam sujas, uma das quais bastante oxidada, demonstrando a necessidade de sofrer trabalhos de manutenção e limpeza.
Altamente reprovável, é a falta de respeito manifestada pela edilidade relativamente aos utentes de transporte público, quando permite que se instale um contentor de resíduos indiferenciados e um contentor de biorresíduos mesmo ao lado de uma das paragens de autocarro. Problema previamente identificado e denunciado pelo PCP, é incompreensível que até hoje nenhuma das instâncias responsáveis pela gestão destes recursos, tenha dispendido o mais pequeno fragmento de energia para o corrigir. Este problema resolve-se com extrema facilidade, e só a incúria, desleixo e total ausência de sensibilidade com os utentes de transportes públicos justificam esta circunstância.

Quem percorre Gondesende, rapidamente percebe que são poucos os ecopontos instalados na localidade, não incentivando a população à separação de resíduos.

Nesta localidade existem diversos entraves à mobilidade pedonal, que em vez de incentivar a sua prática, proporciona situações de desconforto e sobretudo de risco para a integridade física dos peões. Existem diversos pontos da Rua de Gondesende (rua principal) cujos passeios são diminutos ou até inexistentes, proporcionando reais situações de perigo para crianças, idosos e pessoas de mobilidade reduzida. É fácil assistir-se a transeuntes a partilhar a estrada com todo o tipo de trânsito rodoviário (motocicletas, veículos ligeiros e pesados).
Embora reconhecendo que o edificado não facilita a tomada de medidas para resolver estes aspetos de segurança, é certo que são solúveis. Para o PCP, é evidente que não existe vontade política da Câmara e Junta para os solucionar.
Não obstante a aplicação de um semáforo e lombas para redução de velocidade, é evidente que estas medidas são manifestamente insuficientes. Os carros continuam a circular com velocidade excessiva.
A população também relatou que o cruzamento das ruas Comendas, Mariana, Tapadinha e Alexandre Sá Pinto, tem levantado sérios problemas de segurança. Um problema a ser resolvido por quatro edilidades: Câmara Municipal de Ovar, Junta de Freguesia de Esmoriz, Junta de Freguesia de Rio Meão e Câmara Municipal de Santa Maria da Feira.

A população, está cansada, e percebe que a Câmara Municipal de Ovar conjuntamente com a Junta de Freguesia de Esmoriz, não conseguem repensar a circulação pedonal e rodoviária da localidade.
Embora exigido pela população e reivindicado pelo PCP há vários anos, a Rua da Escola, apesar de ser uma via rodoviária de sentido único, ainda não houve capacidade da Câmara e Junta para criar passeios para salvaguardar a segurança e conforto transeuntes. Na Travessa da Escola e na Rua do Tanque, também é imperioso aplicar passeios e asfalto. Não esquecer que o anterior Presidente da Câmara prometeu durante anos a fio o asfaltamento da Travessa da Escola. A Rua Fonte da Ilha também padece do mesmo mal.
A rua Alexandre Sá Pinto, uma via essencial para estabelecer ligação entre Gondesende, Esmoriz e Rio Meão, tem o seu piso bastante degradado. O seu asfaltamento também é crucial.
Segundo relatos da população, se a rua do Arraial é transitável, é graças à despesa de particulares. Os utilizadores desta via pública, usaram fundos próprios para a tornar transitável. É necessário repor a ordem natural das responsabilidades, devolvendo à esfera pública estas competências e melhorar a pavimentação desta via.

Parece claro que os trabalhadores dos serviços de limpeza da Junta de Freguesia, são insuficientes, porque a população queixa-se que os passeios não são limpos, e as condutas do sistema de drenagem de águas pluviais estão entupidas provocando alagamentos em períodos de fortes chuvas, nomeadamente na rua Principal de Gondesende.

Quando noutros pontos do País esta matéria está resolvida, desde o século passado, muito por obra de vários executivos camarários CDU – PCP/PEV, em Gondesende ainda existem habitações sem saneamento básico. Quem mora em quotas mais baixas não tem acesso a Saneamento Básico, a não ser que pague a sua instalação.
Nos dias de hoje, os moradores e empresas da Rua do Tanque, Rua Fonte da Ilha e da Travessa de Gondesende vivem esta realidade, sabendo que é um direito fundamental ao qual todos têm que ter acesso. O acesso à água potável e ao saneamento básico é um direito universal.