Uma promessa a Santa Catarina que veio para ficar na Ribeira de Ovar
As Festas em Honra de Santa Catarina, na Ribeira de Ovar, estão de volta. E tudo porque Ricardo Pinho e Bruna Veiros juraram um dia que organizavam a típica romaria quando se formassem.
Uma promessa destas é para cumprir e no dia da formatura, olharam um para o outro e pensaram: Lá terá de ser.
Só que logo a seguir, chegou o Covid e não foi possível. “Em 2022, juntamo-nos e cumprimos a promessa. Fomos falar com o Padre e em dois meses organizamos tudo e lançamos a festa na rua”.
Ricardo recorda: “Foi dificil porque não conhecíamos nada, mas agora está em velocidade de cruzeiro e é tudo mais fácil”.
Os elementos da Comissão de Festas têm entre 18 e 26 anos, têm sangue na guelra e uma visão refrescante como as águas da Ria que banham o cais. “Nascemos todos aqui e somos quase todos primos e esta devoção é de família: passou pelos nossos avós e crescemos com esse gostinho que fomos alimentando”.
Depois, era incompreensível que esta festa tão castiça não se realizasse há 25 anos. “Teve um quarto de século de interregno. Só se fazia a parte religiosa. É muito tempo”, analisa Ricardo.
Apesar das dificuldades, cá está ela com nomes sonantes, fruto de uma Comissão em que os elementos têm profissões diversas, como historiador de arte, solicitador, carpinteiro, enfermeira e dois estudantes.
“É preciso inventar tempo para tudo”, observa Ricardo, já com Bruna Veiros, Tiago Amaral, Nuno Farraia, o Francisco eea Daniela Lopes a entrar na capela densamente florida. Andaram quatro meses a procurar apoios para fazer a festa. “Temos brio mas não temos dinheiro e sem nós isto não se faz. Empresas, particulares, todos ajudam”.
A Câmara ajuda de forma igual ao que dá a todos e a União de Freguesias idem. A ajuda logísitica é importante e isso eles não recusam.
Mas o que se vê mais são comissões de festas com pessoas com vidas equilibradas, enquabro que “por aqui somos jovens, e lutamos, apesar de em 2023 termos dito “Nunca Mais!”
O futuro a Santa Catarina pertence, mas a parte religiosa está sempre garantida. “Não sei que voltas leva a vida, porque isto é muito complicado e perdemos muitas horas e ganhamos dores de cabeça – até dormimos na capela…”, responde quando perguntamos se vão continuar.