Furadouro: Todos lhe chamam a Casa das Pedras
É, por ventura, a casa mais aparatosa das redondezas. Toda construída em pedra, grandes janelas rasgadas para o mar, traço de arquitecto, uma escadaria, paredes ornamentadas com conchinhas.
Entramos e batemos à porta, explicamos o que andamos a fazer. O Furadouro redescoberto. Elisa Franco, 43 anos, estava na companhia do filho João, de 16 anos, entre leituras, jogos e filmes.
Programa de férias, sem tempo e horas. Esta professora universitária, residente no Porto, convida-nos a entrar e conta-nos que esta é a sua casa preferida de férias. De família.
Construída nos anos 50 pelo arquiteto Aristeu Ravásio Gonçalves depressa se tornou num ex-libris da praia vareira.
E desde logo as pessoas se fascinaram pela diferença desta casa. Se perguntar aos mais velhos de Ovar, todos se recordam quando é que foi construída a ‘Casa das Pedras’, como todos lhe chamam. É feita de granito azul, uma pedra boa, resistente. É um verdadeiro refúgio, de Verão e de Inverno.
No Inverno, é um espaço privilegiado para olhar o mar bravo, com ondas espumosas.
O casal de proprietários mantém-na na sua posse, mas vacilam e já ponderaram vendê-la.
Ele costuma dizer: “se tu soubesses que estas ondas te iam engolir a casa, não a vendias?” Ela respondo-lhe sempre que não. Nunca. Porque a adora. “É muito especial estar na minha cadeira a olhar o mar”, regista. A parte de cima é o seu espaço de contemplação.
A parte debaixo é alugada à quinzena como Alojamento Local.