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Deputados do PSD levam à AR cinco dossiers que preocupam Ovar

 

Cinco dossiês preocupam o município de Ovar e disso foi dado nota aos deputados do PSD eleitos pelo círculo de Aveiro, na sua primeira visita de trabalho na presente legislatura, ocorrida esta segunda-feira. A erosão costeira surge à cabeça dos problemas que os autarcas locais querem ver resolvidos, ao recordarem que a última intervenção em defesa da costa remonta ao último governo liderado pelo partido, já lá vão oito anos.

“A própria Câmara Municipal pagou o projeto de conceção de um quebra-mar destacado, mas nem isso contribuiu para que qualquer obra de engenharia pesada fosse programada” – lamentou o autarca local, Domingos Silva, numa reunião que manteve com os deputados social democratas. Recordando que desde o ministro Jorge Moreira da Silva jamais o estado olhou para a defesa da costa, o presidente da Câmara disse esperar que no fim da época balnear haja, pelo menos, uma intervenção com vista à reposição da defesa aderente do Furadouro, vincando que Maceda e Cortegaça também justificam um olhar atento.

Salvador Malheiro, antigo líder da autarquia ovarense e agora presidente da Comissão de Ambiente da Assembleia da República, enfatizou a inexistência de qualquer obra na costa no período de governação socialista, deixando testemunho de que, desde que tomaram posse, os deputados aveirenses do PSD têm mantido interação com todos os setores relacionados com os temas que Ovar quer ver tratados, como o ambiente, a saúde, o poder local ou as infraestruturas.

“Não há qualquer projeto de execução elaborado. E é inconcebível que o PRR [Plano de Recuperação e Resiliência)] não contemple uma obra que seja relacionada com a defesa da costa” – lamentou Salvador Malheiro, assegurando que o seu partido tudo fará para inverter esse rumo.

Do rol de reivindicações de Ovar, para além da defesa da costa, constam questões como a saúde, a ferrovia, as estradas nacionais 109 e 327 e a desagregação de freguesias. No caso da saúde, em causa está o encerramento das extensões de Maceda e Arada há já um ano, apesar de a Câmara Municipal ter custeado as obras que a tutela disse indispensáveis para o normal funcionamento das duas unidades.

A EN109 está em vias de desclassificação, com um envelope financeiro de mais de quatro milhões de euros, a que a autarquia pretende juntar mais investimento, para a requalificação urbana ao logo do traçado da via. Para além do prometido investimento na ferrovia no troço que atravessa o concelho, o município reclama a construção de rotunda na EN327 junto à Pousada da Juventude, alegando que se trata de estrada nacional e, por isso, da responsabilidade do estado.

O coordenador dos deputados do PSD/Aveiro, Paulo Cavaleiro, disse ter tomado boa nota das reivindicações, sublinhando que o grupo está representado em todas as comissões, “precisamente para poder acudir aos diversos setores”. O parlamentar social democrata garantiu que será dada visibilidade às questões colocadas, com as correspondentes iniciativas parlamentares, como perguntas ao governo ou projetos de resolução.

 

 

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