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Alegado “correio” de subornos deixou carta na Assembleia Municipal que segue para o Ministério Público
Depois da entrevista ao DN, Mário Monteiro foi dar a cara à Assembleia Municipal para reiterar tudo o que disse ao jornal.
Sobre a falta de credibilidade de que foi acusado por Domingos Silva e Salvador Malheiro, defendeu-se: “Não lhes ficou bem só porque disse a verdade do que se passou”.
“A credibilidade não se mede pelos seus parâmetros e o senhor presidente da Câmara em exercício não me conhece para me acusar de falta de credibilidade”, sublinhou.
Mário Monteiro distribuiu um documento assinado aos deputados municipais, onde explica os 120 mil Euros alegadamente transportados por si e garantiu mais uma vez que é tudo verdade.
“Verba essa que se relaciona com a empreitada do Museu Oliveira Lopes, em Válega”, frisou, apelando a que “vejam no processo se há obras a mais”. Apontou ainda o dedo aos “senhores deputados do PSD que também têm a sua responsabilidade porque assinam de cruz tudo o que vos põem à frente”.
O problema do Esmoriztur é outro e classificou de “gravíssimo“, garantindo na sessão que o vereador António Bebiano lhe pediu para marcar um jantar com o empreiteiro, em Espinho. “Ele que diga o que pediu ao empreiteiro”, desafiou. O vereador esmorizense ficou em silêncio.
O presidente em exercício, Domingos Silva também preferiu não se alongar em comentários, preferindo aguardar pelo trabalho das autoridades judiciais, “porque acredito na justiça e nos homens”.
Os socialistas, através de Nuno Bigote, consideram que o assunto é de justiça, mas que o processo, nomeadamente do Esmoriztur, “apresenta indícios preocupantes e de total incapacidade na gestão de fundos públicos”.
Fernando Almeida, independente eleito no órgão deliberativo informou o presidente da Assembleia Municipal, Pedro Braga da Cruz que, em face do que acabou de ouvir, ele próprio irá levar ao Ministério Público o documento (ver em baixo) que foi distribuído “com sua autorização“.
A proposta de criação de uma Comissão Eventual para investigar os projetos em causa foi chumbada pela maioria social-democrata na Assembleia Municipal. Domingos Silva não vê necessidade disso, porque a Câmara sempre deu nota do estado do Esmoriztur.