O técnico Vitor Pereira esteve esta sexta-feira, em Ovar.
O treinador campeão nacional que deixou o Flamengo em abril do ano passado, esteve na Escola de Artes e Ofícios onde reuniu com todas as equipas técnicas do Centro de Formação ADO e levou uma camisola do histórico clube vareiro que ele tão bem conhece com o seu nome inscrito.
Em comunicado, o clube vareiro diz que foi um momento de “partilha de ideias e histórias à volta do que nos move que é o futebol”.
Pois foi a bola que o levou até à Arábia Saudita. Um dia, estava em casa, em Espinho, e bateram à porta dois árabes que lhe disseram: “estamos aqui para levá-lo para a Arábia Saudita”. Estiveram nove dias em Portugal. Ao oitavo dia, como não estavam a conseguir, chegou a Portugal de jato o príncipe, filho mais velho do rei, que disse que não podia regressar sem ele.
No dia seguinte, o príncipe perguntou ao treinador português o que queria para ir para a Arábia Saudita e pousou um contrato em cima da mesa em branco. Pediu que escrevesse os números que quisesse. Vítor Pereira falou com a mulher e arriscou um valor. Nunca pensou que aceitassem. A resposta foi imediata: “está feito”.
A partir daí, a adaptação à vida na Arábia Saudita incluiu treinar à meia-noite e às duas da manhã estar a fazer grandes jantaradas e acordarem-no às três da manhã para ir preparar o dia seguinte.
Sobre o primeiro jogo diz que “foi surreal”. “No balneário estava eu e os estrangeiros, porque os jogadores equipam-se individualmente. Eu queria falar com os jogadores e não sabia onde andavam”.