Vinda diretamente da praia de Espinho, a Rusga “O Mar é Nosso” abriu o programa das festividades em honra de Nossa Senhora da Nazaré, em Cortegaça, nesta sexta-feira à noite.
A Rusga, constituída por um grupo de vareiras e músicos da praia de Espinho, teve como inspiração para o seu nome o velhinho pregão “É do nosso mar, é de Espinho viva”, que tem atravessado gerações e que ainda hoje se ouve pelas ruas da cidade espinhense, nas vozes características das vareiras de Espinho na venda do peixe.
A associação não tem qualquer fim lucrativo, foi criada em 2018 por um pequeno grupo de cidadãos espinhenses, mas tem registado elevada adesão e participação.
Foi a primeira vez que vieram às Festas do Mar de Cortegaça, que acontecem desde 1877, apenas interrompidas devido à Pandemia. Este ano, a comissão organizadora ergueu um vasto programa, que passa pela atuação de diversos artistas de grande referência local e também nacional, sem nunca esquecer a vertente religiosa.
O expoente máximo desta romaria é a procissão em honra de Nossa Senhora da Nazaré, considerada por muitos como uma das maiores manifestações religiosas do concelho de Ovar e até mesmo do Distrito de Aveiro, sendo a razão de ser da realização das Festas do Mar. A celebração arranca no domingo, às 9 horas, com saída do Largo do Souto, devendo chegar à praia, cerca das 11 horas, onde se vai realizar missa solene no altar exterior da capela. Às 14h, retoma-se a procissão com bênção ao mar, pretexto para a agregação de todo um povo cuja vida foi dedicada à pesca. A romaria a todos une, enfeitando cada um o santo da sua devoção, o seu andor, conferindo a este ato o sentido do “viver em comunidade”.
Na segunda-feira, dia 4, dá-se a aguardada presença de Quim Barreiros que, com a sua banda, encerra os festejos em honra de Nossa senhora da Nazaré, em Cortegaça, Ovar.
