“Febras Cujo Nome Estamos Legalmente Impedidos de Dizer” – Por Pedro Nuno Marques
Os enfadonhos e indigestos barões do “Rock in Rio World”, através da sua equipa de advogados, obrigou a comissão de festas do “Rock in Rio Febras” a mudar a designação que dá nome ao evento daquela gente, por “concorrência desleal”, contestam feroz e enraivecidamente. Já se desconfiava, há muito, que vivemos tempos em que mentes atrofiadas teimam em reinar, em espingardear, em disparatar, só porque sim. É a burguesia bebé a fazer birra. Nada de grave.
À festa popular na esbelta localidade de Briteiros, arredores de Guimarães, juntou-se uma imensa massa humana em cariz solidário que se uniu em prol daquela malta vimaranense. O humor imperou, a patetice obtusa de outros foi dizimada. O “Rock in Rio World”, e respectiva turma de advogados (estranho haver advogados, ou algo parecido, que gostam de alimentar e de aconselhar este tipo de coisas. Talvez por desejarem alguma adrenalina e excitação nas suas vidas chatas e gastas no que toca ao exagero grotesco do ‘politicamente correcto’), foram goleados genialmente.
À brava e pujante malta minhota do “Rock in Rio Febras” (ou, como sugeri em conversa de ocasião com o meu gato há escassos dias, “Febras Cujo Nome Estamos Legalmente Impedidos de Dizer”), saiu-lhe o jackpot, sendo de esperar verdadeiras enchentes numa festa a ter lugar nos arrabaldes do “berço da nação”, cujo palco – a essência e o ponto crucial da “concorrência desleal” deste acto circense – é 15362368 (número não exacto) vezes inferior ao do “Rock in Rio” megalómano e comercial e antipático e caro e desavindo de inteligência sensata. A prova cabal de falta de atenção. Deve ser isso.
Abraço, povo de Briteiros! Merecem o mundo à beira-rio!
Pedro Nuno Marques