Castelo Chopinhos – Taberna & Lounge Bar abre no próximo dia 30
Após um curto período de obras de adaptação, está marcada para a próxima sexta-feira, dia 30, a inauguração do Castelo Chopinhos – Taberna & Lounge Bar, na Praça das Galinhas, em Ovar.
Depois do sucesso da Praça dos Chopinhos, o novo projecto hoteleiro tem a mesma assinatura do vareiro Zé Moreno que volta a apostar num novo projeto em tempo de crise.
A Praça dos Chopinhos surgiu em plena Pandemia, com a cidade de Ovar fechada numa inédita cerca sanitária, e o Castelo Chopinhos vai abrir num momento de crise económica inflacionista. “Pouco depois de abrir a Praça dos Chopinhos fui obrigado a fechar durante dois meses, mas a dose de loucura que me trouxe até aqui é a mesma que me faz agora arriscar”, conta ao OvarNews, optimista.
Mas é tudo uma questão de ponto de vista. “As conjunturas de dificuldade obrigam-te a ser mais dinâmico e criativo e depois quando chega a bonança já estás melhor preparado para avançar. Aconteceu isso com a Praça dos Chopinhos e gostava que aqui sucedesse o mesmo”.
Avançar para a transformação do antigo Pedras Bar não era coisa que estivesse nos seus planos imediatos. “O que me fez pensar nesta casa foi, a partir de dado momento, recear que, se não fosse eu, viria alguém com a mesma oferta que já existe”. Nessa eventualidade, “e sem falsas modéstias, penso que se havia alguém que devia crescer era eu, por tudo aquilo que tenho feito para melhorar a Praça das Galinhas (Largo Mouzinho de Albuquerque)”.
É visível que o novo Castelo Chopinhos – Taberna & Lounge Bar precisou de bastante investimento. Para reabrir, o estabelecimento precisava de novo saneamento, melhores casas de banho, tratamento das paredes, decoração, nova iluminação, etc. “Penso que está uma casa que nos enche de orgulho e vai ser uma referência para Ovar”, acredita Zé Moreno.
O Castelo Chopinhos é, por outro lado, uma prova de confiança na capacidade de atracção da praça e da própria cidade. “Erradamente, reclama-se da falta de qualidade que existe em Ovar, pois considero que devemos ser nós os primeiros a oferecer qualidade às pessoas”. No Castelo Chopinhos, Zé Moreno quer apostar numa clientela diferente, a preços acessíveis.
Com a inauguração à porta, os últimos dias têm sido passados a fazer experiências de forma a testar todo o equipamento para que nada falhe. Há uma sala com capacidade para cerca de 30 pessoas e uma esplanada na Praça das Galinhas que também funcionará como extensão do restaurante.
Mas, em Ovar, não podia esquecer-se o peixe de qualidade e nesse departamento não faltarão as lulas grelhadas, bacalhau, entre outros petiscos confeccionados à vareira, como moelas, desfiadas de bacalhau, tábuas de enchidos e “os nossos rústicos, porque forem eles que aguentaram a Praça dos Chopinhos”. Verdadeiro ícone da ementa, “foi o rústico de francesinha, moelas, etc., que, através do imaginativo ‘drive through’ – para salvaguardar o distanciamento obrigatório, aguentou esta casa em tempos tão dificeis como foram os do Covid, sem qualquer apoio, só com trabalho e criatividade”. “Aguentei e não falhei compromissos a ninguém, desde empregados a forncedores”, recorda o empresário.
Arrojo e espírito empreendedor nunca lhe faltaram, e agora Zé Moreno desvenda que agora quer trabalhar um nicho que faltava no mercado hoteleiro vareiro: “O Castelo Chopinhos é para aqueles que vão jantar e depois querem ficar um pouco mais a ouvir música e tomar uma bebida”. A nova unidade hoteleira dispõe de bar com pista de dança, “para quem quer beber um copo, ficar a ouvir música (essencialmente da década de 1980) e a conversar, uma oferta que não temos em Ovar”.
Mais uma vez, o responsável frisa que o Castelo Chopinhos não quer competir, “nem com com a Praça, nem com o Xico”. “Gosto de acrescentar e não de dividir. Não sou invejoso, não gosto de competir com o meu vizinho – dou-me muito bem com os meus amigos Xico e Lena – é lógico que preciso de trabalhar, mas não quero ver os meus vizinhos prejudicados. A minha competição é com as casas de fora de Ovar”.
Outra vertente importante a ter em conta neste projecto é a da recuperação do património da cidade que, de outra forma, poderia perder-se. “Aqui, noutros tempos, havia um armazém de vinhos, daí eu chamar-lhe Taberna”. Fazendo jus a essa ideia, a Olaria O Caco está a conceber talhas de barro exclusivas onde serão servidas as bebidas.
Zé Moreno vem da área comercial e alimentar, mas depois lançou-se na organização de eventos, como foi o Ria Rock, depois o Ovar Rock, a Discoteca Pildrinha, a Glory’s e, mais recentemente, a Praça dos Chopinhos. Esta, recorda, “surgiu não sem alguma renitência, mas achei que a Praça das Galinhas precisava de um acrescento, porque o Xico fez muito por ela e ambos sabíamos que tinha potencial para mais. Hoje, felizmente, na Praça não cabe mais uma cadeira”, reconhece.
Embrenhado numa senda expansionista, o que virá a seguir?
Zé Moreno não foge à pergunta: “Sempre adorei o Furadouro, o mar e, enquanto tiver saúde, nunca se sabe se não poderá nascer a Praia dos Chopinhos. Não estou a dizer que tenha de ser no Furadouro, porque há mais zonas do concelho que estão por explorar”.