Quem os quer bons, contrata-os – Por Fernando Pereira Pinheiro
Em tempos, aquando da apresentação das contas de uma Instituição, constatamos que as margens obtidas com a comercialização de produtos farmacêuticos, em uma “farmácia social”, rondaram os 52% (cálculo tendo por base o preço de custo).
Facto que estranhamos, na medida em que o “cariz do negócio em causa” é o de servir os associados aos quais – dizem -, ainda conceder um desconto de 10%.
Infelicidade para os doentes que deles necessitam e “felicidade” para quem os comercializa; os “remédios” estão vendidos por natureza.
Por que se estranhou a bom estranhar que a margem obtida, tenha sido e é muito “generosa”, foi dito que as farmácias – logo os medicamentos -, dão muito dinheiro.
Estranhamos que, agora, segundo o Jornal de Negócios, “cerca de 17% das farmácias estão em insolvência ou penhora”, segundo o que disse a Senhora presidente da Associação Nacional de Farmácias; com efeito, veio a terreiro informar “que o ano de 2022 já foi um ano de estabilização e que, nesta altura, há aproximadamente 17% de farmácias em situação de insolvência ou penhora” o que equivale a cerca de 475 farmácias nesta circunstância”.
Como há um enorme “fosso” entre o que foi dito e é constatável pelos números que, ano após ano, são apresentados aos associados da dita “farmácia social” e o que a Senhora, Ema Paulino, digna representante da ANF, nos transmite, somos forçados a concluir que a gestão das entidades em “maus lençóis” peca por ser ineficaz.
Assim, parecendo-nos, como nos parece, uma questão de administração, há que “na próxima abertura do mercado”, colocar em ação os Senhores agentes para a contratação dos melhores entre os melhores. Se necessário, acenem-se com “lenços brancos” os imprescindíveis, glorificando-se os seus novos “donos” …
Como nos diria Fernando Pessa: e esta hein!?
Fernando Pereira Pinheiro