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Campistas não entendem demolição em parque que vive à luz de geradores

A demolição da antiga entrada do parque de campismo de Cortegaça, esta segunda-feira, é apresentada como o arranque da deslocalização daquela estrutura cujos estudos e projeto estão ainda a decorrer.

Os campistas é que não entendem uma demolição simbólica num momento em que eles sobrevivem sem água nem luz. Queixam-se que “sempre pagaram, que vivem ali há muitos anos e não abandonam o parque porque não têm para onde ir”.

Apontam um café e uma mercearia cujos proprietários “já passaram muito neste parque e que este lhes virou as costas obrigando-os a viver à base de geradores”. Neste momento, o parque utiliza um gerador para ter uma casa de banho ativa para mais de 250 roulotes, lamentam a sorte de “um Parque de Campismo à beira mar, com parque infantil, campo de futebol de praia, campo de futebol com estruturas magníficas e que perdeu tudo, sem tratamento do terreno, sem tinta nas paredes, com vidros partidos, sem parque infantil, estando tudo ao abandono, e agora sem luz…”

Num momento difícil, procedeu-se à demolição da primeira receção do parque do campismo que se encontrava bastante degradada.

Ao Jornal de Notícias, Sérgio Vicente, presidente da Junta de Freguesia de Cortegaça, disse que a demolição do imóvel onde funcionava a receção “era uma pretensão antiga (…) e punha em risco os frequentadores do parque de campismo e da praia”. “Há obras que começam com a colocação da primeira pedra, esta começa com a retirada da primeira pedra”, afirmou Sérgio Vicente, presidente da Junta de Freguesia de Cortegaça.

A obra só se tornou possível depois de ter sido devolvida à junta de freguesia a gestão do parque de campismo e por isso, o poder de decisão.

Marisa Bonifácio, utente do parque lamenta tudo o que se está a passar: “A Junta de Freguesia disse-me que o gestor judicial ainda não lhe passou a pasta como ordenou o Tribunal. Entretanto, não temos luz desde as 17h de segunda feira, dia 29 de maio”.

E em jeito de desabafo: “Não mandam no parque, não têm a gestão mas conseguem demolir zonas do parque”.

 

 

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