“O Hospital Dr. Francisco Zagalo de Ovar tem ao serviço enfermeiras pagas a recibo verde, situação que na maior parte dos casos já dura há quatro anos” acusou o Sindepor.
A estrutura diz que a situação configura o que habitualmente se designa como “falsos recibos verdes”, uma vez que trabalhando nas mesmas condições que os outros colegas e não sendo colaboradoras pontuais, deveriam beneficiar de um vínculo duradouro à instituição.
Esta “é uma das situações mais graves” que o Sindepor encontrou numa recente visita ao Hospital de Ovar e que levou a pedir uma reunião com caráter de urgência ao conselho de administração para tentar ultrapassar este e outros problemas que foram relatados.
Além das “colegas a recibo verde há também enfermeiras que começaram a trabalhar na instituição através dos chamados “contratos covid” e ainda hoje têm vínculos precários”.
Outro dos problemas prende-se com o atraso na notificação dos pontos a que as enfermeiras e os enfermeiros têm direito devido à aplicação do Decreto Lei 80-B/2022. O sindicato relata que foi o próprio Governo a estabelecer como prazo de pagamento o final do ano passado.
No entanto, lamenta, “quatro meses depois, num hospital de pequena dimensão, há enfermeiras e enfermeiros que ainda desconhecem a quantidade de pontos a que têm direito! Há também enfermeiras que temem que não lhes sejam contados anos em que trabalhavam para o Hospital de Ovar, mas eram pagas através de uma empresa externa”.
Neste caso, a enfermeira diretora, Mariana Fragateiro, comprometeu-se a tentar diligenciar no sentido de as colegas serem notificadas dos pontos a que têm direito o mais depressa possível.
