Morreu a cantora brasileira Gal Costa, uma das maiores vozes da música popular brasileira, na manhã desta quarta-feira, aos 77 anos.
A informação foi avançada pela sua assessora de imprensa. A causa da morte é desconhecida.
Gal Costa tinha feito recentemente uma pausa nos espectáculos que tinha agendados.
A cantora cancelara à última hora a sua participação no último fim de semana no festival Primavera Sound em São Paulo, de que era uma das atrações.
Na altura, a sua equipa avançara que ficaria fora dos palcos até o final de novembro, seguindo as recomendações médicas para a necessidade de recuperar de uma cirurgia em setembro para remover um nódulo na fossa nasal direita.
A mesma razão já levara ao adiamento da digressão europeia de novembro para abril de 2023, com o concerto no Coliseu dos Recreios, em Lisboa, agendado para 15 de novembro, a passar para 13 de abril, ficando por remarcar o da Casa da Música, no Porto, inicialmente anunciado para 20 de novembro.
Gal Costa actuou regularmente em Portugal. A 17 de julho, encerrou a sua digressão pela Europa com dois concertos no nosso país, sendo o último em Valença, no encerramento do novo Festival Contrasta.
Nascida Maria da Graça Costa Penna Burgos, natural de Salvador da Bahia, GalCosta estreou-se em agosto de 1964, no espetáculo “Nós, por exemplo”, ao lado de Maria Bethânia, Caetano Veloso e Gilberto Gil.
Participou no I Festival Internacional da Canção, em 1966, no Rio de Janeiro, e, no ano seguinte, editou o seu primeiro álbum, “Domingo”, iniciando um percurso discográfico que conta 30 álbuns de estúdio e nove gravados ao vivo, alguns destes com Caetano Veloso, Gilberto Gil e Maria Bethânia.
Nunca actuou em Ovar, mas nos anos 1980/90, não havia baile de Carnaval vareiro sem músicas da Gal. “Balancé”, “Baby”, “Meu Bem, Meu Mal”, “Modinha para Gabriela” , “O Meu Nome é Gal”, “Sua Estupidez” e “Você Não Entende Nada” são alguns dos temas conhecidos da artista, que a edição brasileira da revista Rolling Stone destacou em janeiro de 2016 como “uma das maiores vozes do Brasil”, notando que continuava a renovar o seu público quando estava prestes a celebrar 50 anos de carreira.