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48% das empresas consideram que há pouca ou nenhuma diversidade de género nos cargos de gestão

48% das empresas consideram que há pouca ou nenhuma diversidade de género nos cargos de gestão da sua organização, de acordo com pesquisas de Robert Walters, que perguntou a 1.000 profissionais sobre a situação das mulheres no local de trabalho.

O inquérito revelou ainda que 88% dos profissionais acreditam que as mulheres estão sub-representadas na liderança empresarial, tornando a diferença de género ainda mais visível nos cargos de direção. Neste sentido, 87% consideram importante implementar políticas que garantam a diversidade de género nos conselhos de administração das organizações.

Da mesma forma, 27% das empresas inquiridas acreditam que a razão para não uma maior diversidade de género nos cargos de gestão é a preferência da empresa em promover os homens em detrimento das mulheres. Numa outra perspetiva, as organizações apontam para uma má cultura corporativa (24%) e uma fraca estratégia de liderança e desenvolvimento (15%) como as principais causas.

“Como as estratégias de gestão de talentos se concentram na compreensão das necessidades individuais de cada colaborador, as organizações têm a oportunidade de criar estratégias que não só desenvolvam futuros líderes, mas também melhorem a diversidade de género na liderança”, disse a diretora de RH de Robert Walters, Ana Viñas.

Do ponto de vista das mulheres, uma em cada duas pessoas entrevistadas acredita que o compromisso com a igualdade de oportunidades é maior nas empresas com mais mulheres no órgão de gestão. Atualmente, 55% das mulheres acreditam que não existe um modelo forte para a liderança feminina na sua organização. Um quarto das mulheres acredita que a falta de modelos profissionais femininos contribui para um número menor de mulheres em cargos de liderança.

Quanto ao fator que mais ajudou as mulheres entrevistadas a alcançar o sucesso profissional, 2% consideram que tem sido a política de desenvolvimento da sua empresa, contra 53% que consideram que foi a sua formação e experiência profissional e 25% que consideram que foram os resultados alcançados na sua carreira profissional.

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O inquérito também questionou o que as empresas podem fazer para facilitar o maior acesso das mulheres a cargos de gestão. Assim, o estudo revela que a maioria dos profissionais escolhe uma mudança para um modelo de trabalho menos presencial e mais orientado para os resultados (56%), flexibilidade de trabalho (54%) e a mudança cultural da organização para um modelo mais igual (53%).

Por outro lado, 75% dos profissionais entrevistados consideram que as políticas de educação e formação sobre a diversidade de género devem ser implementadas no local de trabalho. No entanto, apenas metade

acredita que a gestão da diversidade de género na sua empresa é transparente ou aberta.

Relativamente à área responsável pela implementação e promoção das políticas de diversidade de género, a pesquisa reportada indica que 72% dos profissionais dizem que deve ser a direção geral da organização, seguida da RH (26%) e do marketing (2%).

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