Belmiro Silva, o valeguense vencedor de uma Volta a Portugal esteve este domingo no Final da 83.ª Volta a Portugal.
A convite da RTP e do programa Há Volta, o ciclista diz que foi “mais um momento bom para recordar antigas emoções”.
“Obrigado a todos que me estiveram presentes e me acarinharam”, termina.
Vencedor da Volta à Portugal em 1978, Belmiro Silva tem, além do ‘tri’ na Volta ao Algarve, um segundo e um terceiro lugar, um palmarés que lhe “dá alguma satisfação, algum orgulho”.
“Pode vir a acontecer, mas enquanto houver esta concorrência internacional será um bocado difícil um português — a não ser ao serviço de uma equipa estrangeira — poder vir a vencer”, admitiu.
Olhando para o ciclismo das décadas de 70 e 80 e para o actual, Belmiro Silva considera que “há uma diferença”, com os atletas a terem “um apoio moral diferente”.
“Na altura também tínhamos o que era bom, mas, comparado com o de hoje, os atletas andam quase levados ao colo. Hoje fazem grandes corridas, boas médias, as estradas ajudam, as máquinas são totalmente diferentes. O ciclismo evoluiu e ainda bem. A verdade é que eles estão a fazer coisas bonitas. Na nossa altura era um bocado mais sacrificado. Mas também posso dizer que a minha época comparada com a dos anos 60 já tivemos outra estabilidade. Eles tinham de correr com o ‘boyau’ [câmara de ar] às costas e parar para mudar o ‘boyau’ era muito difícil”, recordou.