COVID-19 dificultou emprego jovem e levou a perda de aprendizagens
A pandemia de covid-19 dificultou a entrada dos jovens no mercado de trabalho e o ensino à distancia provocou perdas de aprendizagem que podem ser irreversíveis, segundo o relatório “Estado da Nação: Educação, Emprego e Competências em Portugal”.
A edição de 2022 do relatório promovido pela Fundação José Neves (FJN) será apresentada hoje através da plataforma digital e das redes sociais da FJN, tendo como oradores o ex-primeiro-ministro e antigo presidente da Comissão Europeia Durão Barroso, o neurocientista António Damásio, a cantora Alanis Morissette, o gestor António Horta Osório, entre outros.
Segundo o estudo, durante a pandemia, “o emprego dos jovens foi o mais afetado e ainda não tinha recuperado totalmente no último trimestre de 2021, com perdas de 27.500 empregos face ao mesmo trimestre de 2019”.
Além do impacto nos jovens no mercado de trabalho, a crise sanitária dificultou a entrada dos jovens no mercado de trabalho.
“Em 2021, apenas 74% dos jovens entre os 20 e os 34 anos que tinham completado um nível de escolaridade nos últimos três anos estavam empregados, uma queda acentuada face a 2019 que interrompe a tendência positiva que se vinha a verificar desde 2012”, pode ler-se no relatório.
A queda foi mais acentuada entre os que terminaram um curso superior, apesar da taxa de emprego dos recém-diplomados continuar acima dos que terminaram o ensino secundário.