PSP alerta para a importância do bloqueio e denúncia
Alertas surgem no âmbito do Dia Europeu da Internet Mais Segura
A Polícia de Segurança Pública (PSP) está a alertar, desde início deste mês, em sessões na Escola Secundária José Macedo Fragateiro, para a necessidade de uma utilização segura e responsável da internet e dos telemóveis, especialmente dos mais jovens.
Os alertas surgem no âmbito do Dia Europeu da Internet Mais Segura, que visa contribuir para a consolidação de uma internet mais segura para todos.
Nas sessões, a PSP lembra que “a internet é quotidianamente utilizada de forma transversal por toda a população e todas as faixas etárias, especialmente através do acesso às redes sociais. Assim sendo, os perigos associados à internet ganham um alcance muito mais vasto, entrando no campo da criminalidade virtual.
A Polícia de Segurança Pública registou no ano passado 368 queixas de devassa informática e aproveita o “Dia Europeu da Internet Mais Segura”, que se assinala hoje, para alertar para uma atividade crescente que deve ser bloqueada e denunciada.
Numa campanha intitulada “Internet (cada vez) Mais Segura: Bloqueia & Denuncia”, a PSP, a propósito do dia europeu, associa-se à iniciativa da rede INSAFE com o apoio da Comissão Europeia para “contribuir para a consolidação de uma internet mais segura para todos, especialmente para os mais jovens”.
De acordo com números apresentados no comunicado, a PSP recebeu 368 queixas por devassa de meio informático no ano passado, número que foi superior em 2020 (386) e ligeiramente abaixo em 2019 (362), em 2018 (322), em 2017 (292) e em 2016 (265).
De entre os potenciais riscos a que, natural e inevitavelmente, os utilizadores se expõem na atividade online, “a PSP destaca este ano a invasão da privacidade (física e ou virtual) que podem assumir, entre outros, a forma de ‘cyberbullying’ (intimidação por via informática), ‘cyberstalking’ (perseguição por via informática), ‘revenge porn’ (partilha de conteúdos íntimos por vingança) ou ‘sexting’ (mensagens de cariz sexual)”.
“Há, naturalmente, alguns comportamentos preventivos, específicos para cada formato de violência, que podem ser adotados no sentido de diminuir o risco de vitimização”, alerta a PSP, que “aconselha todas as pessoas que percecionem ser visadas por qualquer um destes comportamentos, a adotar, de imediato, as duas mais eficazes medidas defensivas: bloquear e denunciar”.
A Polícia de Segurança Pública, que tem jurisdição sobretudo nos meios urbanos, afirma que “tem sido surpreendida pelo desconhecimento de muitas pessoas em relação à existência de ferramentas de bloqueio de contactos nas aplicações e ferramentas de comunicação que permitem aos utilizadores impedir que as pessoas com abordagens violentas e ou que configurem crimes consigam continuar a estabelecer contacto”.
“Todos os comportamentos de repetido abuso ou importunação são inaceitáveis, independentemente da sua motivação ou objetivos. As vítimas destes comportamentos merecem ser protegidas; serão os abusadores quem deve ser alvo de censura e, eventualmente, sanção penal”, destaca a PSP.
A PSP sublinha que esta sensibilização é fruto do trabalho de informação e sensibilização realizado, quer por intermédio das redes sociais, quer das campanhas temáticas no contexto do policiamento de proximidade e que, principalmente por esse motivo, “continuarão a merecer toda a atenção”.
A PSP aproveita o comunicado para alertar que desde 01 de fevereiro e até quarta-feira tem estado presente, com 350 Polícias afetos ao programa Escola Segura, para abordar o tema da internet mais segura nos mais de 3.000 estabelecimentos de ensino e cerca de mais de um milhão de alunos abrangidos pelo Escola Segura.
A PSP relembra que se encontra “permanentemente disponível” para apoiar a comunidade escolar e os pais na sensibilização, nomeadamente através do contacto direto com as equipas da Escola Segura ou através do e-mail [email protected].
“Relembramos ainda que a denúncia de todos e quaisquer crimes praticados através da internet (ou qualquer outro método) é essencial para que se possa atuar de forma proativa e dar início ao processo de investigação, chegando assim mais rapidamente à identificação dos seus autores”, destaca ainda.