Cultura

O piano de Joana Gama e a electrónica de Luís Fernandes

Desde “Quest” (Shhpuma, 2014), que Joana Gama e Luís Fernandes mantêm um diálogo contínuo, que aceita rupturas constantes e explorações sonoras novas na sua música.

A continuidade existe na harmonia do seu trabalho, o encontro das linguagens de ambos, uma comunicação permanente que respeita os ritmos de ambos e que sabe responder a desafios, como aconteceu com “Harmonies” (Shhpuma, 2016) em que trabalharam a herança de Satie com Ricardo Jacinto, “At The Still Point Of The Turning World” (Room40, 2018) onde, com José Alberto Gomes, estenderam o seu trabalho a uma orquestra ou “Textures & Lines” (Holuzam, 2020) que co-criaram com o Drumming GP.

Ao Centro de Arte de Ovar vêm apresentar “There´s no knowing” (Holuzam, 2022) a abrir com o piano de Joana Gama ao qual a electrónica de Luís Fernandes se vai juntando. A peça cresce numa espécie de sussurro entre os dois e desenvolve-se num progressivo jogo de proximidade.

À medida que se avança em “There´s no knowing”, há uma maior interligação entre os elementos e a consumação do que Joana e Luís fazem em conjunto: puxar o melhor de cada um deles.

O seu quinto álbum é uma aventura pulsante, que tem as suas origens no convite para a criação da banda-sonora da série “Cassandra”, com direcção artística de Nuno M. Cardoso.

FICHA ARTÍSTICA
Piano: Joana Gama
Electrónica: Luís Fernandes
Espaço cénico: Frederico Rompante
Desenho e operação de som: Suse Ribeiro

DURAÇÃO
» 50 minutos

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