Fadistas do Amor: Alegria, diversão, fazer e tocar música
Pedro Peralta e Luís Rola surpreenderam o mundo musical vareiro com o anúncio de um novo projecto dedicado às cantigas. Dizem-se “portáteis”, por isso, tão depressa actuam em cafés, como a seguir estão em pavilhões e coliseus. Antes de darmos por isso, os “Fadistas do Amor” passaram de duo a trio com a entrada de Miguel Mendes e nunca se sabe que outras surpresas nos podem reservar. Mas fomos procurar saber:
Já sabemos que vocês já partilham juntos a aventura do Cantar dos Reis. Como é que nasceu a ideia deste novo projecto?
Muitas das músicas que tocamos, nasceram precisamente em época do Cantar os Reis, algumas até foram feitas durante os ensaios. Decidimos compilar tudo o que tínhamos (cerca de 30 músicas) e avançar para um projecto dedicado exclusivamente a elas.
Chegados aqui podem revelar o que é o “Fadistas do Amor”? É mesmo um projecto de Fado? Como se definem?
O nome “Fadistas do Amor” surge porque temos uma veia Fadista, e porque 90% das letras falam de amor. No entanto, para além de termos no nosso repertório alguns fados, temos também outros estilos musicais, que, com o tempo, tendem a ter uma versão mais fadista. Definição certa para nós? Cantamos e tocamos Fados, mas à nossa maneira.
Não era mais fácil enveredarem por um projecto de música “hip-hop”?
Não dá, não andámos nessa escola… e também não nos fica bem o chapéu para o lado, mas admiramos a capacidade que o pessoal do RAP e do HIP-HOP tem para decorar as letras, que por norma são testamentos!
Tendo começado como um duo, neste momento, já é um trio. Como se processou a entrada do Miguel?
O Miguel só não está desde o início, porque sempre pensámos que não tinha tempo para ser Fadista. Mas a dúvida sempre ficou no ar, decidimos perguntar se gostava de estar connosco, e ele disse que sim, que sempre quis pertencer a um “power trio”.
“Fadistas do Amor” é um conceito em aberto?
Não será totalmente um conceito em aberto, mas também não é de todo um conceito fechado. Há muita coisa que podemos fazer, inventar, testar, quem sabe até ampliar o número de membros. Mas nada nem ninguém nos pode tirar o que procuramos, alegria, diversão, fazer e tocar música, tudo sempre à nossa maneira, com as nossas falhas e as nossas virtudes.
O vosso reportório é de “clássicos”, versões ou têm originais (ou vão fazer)?
97% das nossas músicas são originais, ainda esta semana nasceram mais duas novas. Temos dois apontamentos no repertório que são versões de dois clássicos, um de música Clássica e outro de música Gipsy. Estamos agora a preparar uma música da nossa Amália para ingressar no nosso cardápio. (Caracóis)
Vão gravar ou pensam ficar pelas apresentações ao vivo?
Vamos lançar um primeiro single oficial, “Perdão”, um belo fado, será acompanhado com um vídeo. Estamos já em estúdio a gravar. Posteriormente, mais músicas vão ser lançadas amiúde. Apresentações ao vivo já tivemos duas, em duas semanas de existência. Pretendemos continuar neste ritmo.
Isto significa que os vossos outros projectos musicais ficam em “standby”?
Nenhum de nós tem no momento outro projecto musical, por isso o foco está todo nos Fadistas do Amor!
Esta é uma forma de se vingarem do tempo que estivemos em confinamento?
É muito bom poder voltar a tocar em locais públicos, se não fosse possível talvez não tivesse nascido o projecto, a ideia é mesmo andar por aí! Esperemos que assim continue!
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