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Pão-de-Ló e outros reencontros de Lúcia Moniz em Ovar

A actriz Lúcia Moniz integra o elenco do telefilme da RTP, “Armários Vazios”, cujas gravações, que arrancaram na última segunda-feira, estão a gerar muita curiosidade por parte da população vareira.

O projecto, que estreará na RTP ainda este ano, conta ainda com Teresa Madruga, Fernanda Neves, Pedro Lacerda, Vasco Lello, Helena Caldeira, Marco Delgado e Sandra Faleiro.

Depois do enorme sucesso do filme “Listen”, Lúcia Moniz está de volta e ontem fomos ao seu encontro, após as filmagens, junto ao rio Cáster, em pleno centro histórico vareiro.

O que a levou a aceitar este convite para trabalhar com Cristina Carvalhal?
Fiquei muito muito feliz por poder voltar a trabalhar com Cristina Carvalhal, que já conhecia enquanto colega de teatro e cinema. Por isso, este convite para integrar este filme foi um desafio irrecusável. Fiquei mesmo muito feliz por poder ficar a conhecer este universo dela enquanto realizadora.

Veio também reencontrar alguns colegas com quem não contracenava há algum tempo?
Sim, é verdade. O facto de poder contracenar com a Sandra Faleiro foi também muito bom, porque ela é uma actriz que eu admiro imenso. Já fui dirigida por ela numa série, mas agora contracenar com ela está a encher-me as medidas.

O que pode adiantar sobre a sua personagem em “Os Armários Vazios”?
Eu interpreto a personagem Manuela que, neste filme, conta a história. A minha personagem está presente no filme todo, mas fisicamente só aparece em alguns momentos da vida personagem da Sandra Faleiro, que é a Dora. Isso é interessante porque é uma personagem que quando aparece é como se contasse o seu ponto de vista. A Manuela conta a história da amiga Dora e da forma como a amizade das duas foi sobrevivendo a todos os obstáculos que foram surgindo.

Está a corresponder às suas expectativas?
Eu nunca espero muito dos papéis para não criar cenários preconcebidos. Prefiro ir descobrindo, mas estou a adorar. Claro que tenho referências na escrita, mas é bom ir descobrindo porque se não for assim, posso limitar as outras possibilidades e eu não quero que isso aconteça

Depois de “Listen”, pensou-se que a Lúcia ia consolidar uma carreira internacional.

O ‘Listen’ foi óptimo, mas não garante nada. É óbvio que o facto de ter exibição lá fora é bom mas o retorno que possa surgir, por vezes, não é imediato. Além de que o “Listen” ainda está a desbravar caminho. Vai ser, finalmente, estreado em Inglaterra, o que estava a ser muito difícil e é uma grande conquista.

A promoção do filme acabou por não a deixar confinar muito…
É verdade. Viajámos muito e dei muitas voltas para ir a sítios que até eram pertinho. Tudo por causa do vírus. Estive também a fazer uma série de três filmes para uma plataforma de streaming, sobre violência doméstica, chamada “Na porta ao lado”, contadas sob o ponto de vista de um vizinho, decalguém que está de fora, que é um apelo à consciência de que a violência doméstica é um crime público e qualquer um pode denunciar para salvar vidas.
Na verdade, nem fiquei muito confinada, porque o “Listen” viajou muito, mas durante o confinamento não escrevi nada, foi estranho, nem peguei num livro.

E a música como está?
Está lá (risos). Está parada. Neste confinamento que toda a gente aproveitou para compor coisas, eu tive um bloqueio, nem me sentei ao piano nem peguei na guitarra. Não me senti inspirada. Foi estranho.

Já tinha estado em Ovar?
Não me recordo de ter cá estado. Digo isto porque é tão bonito que se tivesse vindo cá numa altura qualquer ia recordar de certeza.

Provou o nosso Pão-de-Ló?
Claro que sim. Comi Pão-de-ló e adorei, é tão bom. Devia ter-me preparado melhor porque não consegui comer tudo. Mas é óptimo, podia ter-me poupado mais para não ficar com a pena de não o comer todo. Adorei.

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