Ovar está na zona verde do desconfinamento
O desconfinamento arrancou nesta segunda-feira, começando pela reabertura das creches e 1º ciclo, vendas ao postigo, livrarias e cabeleireiros. O Governo desenhou um plano com quatro datas, com as medidas a serem reavaliadas a cada 15 dias. A situação epidemiológica será avaliada periodicamente de acordo com indicadores que podem paralisar o desconfinamento ou até levar à implementação de novas restrições. Importa saber que linhas vermelhas são essas que o país não pode ultrapassar.
A definição de “Linhas Vermelhas” é baseada em indicadores quantitativos e respectivos valores de corte, que permitam a cada momento propor uma melhor resposta às diferentes fases da epidemia em Portugal, através de instrumentos de monitorização objectivos para a acção e para a prevenção de um descontrolo epidémico.
Os principais indicadores propostos são a incidência cumulativa a 14 dias por cem mil habitantes, o Rt (reprodução da infecção em tempo real) e o número de camas ocupadas em unidades de cuidados intensivos por doentes Covid-19, a que se juntam outros indicadores secundários como a positividade dos testes ou a relevância das variantes do vírus.
Quanto à incidência cumulativa a 14 dias por 100.000 habitantes, será avaliado se está acima dos 120 casos por 100.000, ou dos 240 casos por 100.000. Já o número de novos casos terá tendência crescente (Rt (maior que) 1), ou decrescente (Rt (menor que) 1). Actualmente, Ovar está na “zona verde” ou de risco baixo, com menos de 120 casos por 100 mil habitantes e o Rt abaixo de 1.
Uma subida acima do limite em apenas um dos indicadores (incidência ou Rt) leva a entrar na “zona amarela”, na qual se paralisa o desconfinamento e se reavalia, pelo menos nos locais em maior risco.
Se ambos os indicadores se encontrarem acima do limite (ou seja, mais de 120 casos e Rt acima de 1), entra-se na “zona vermelha”. Nas zonas de maior risco, o desconfinamento terá mesmo de retroceder, sendo de novo aplicadas medidas mais restritivas.
Partindo destes indicadores, o risco é estratificado em dois cenários: epidemia em crescimento ou em decréscimo, sendo cada fase acompanhada por alívio ou implementação de medidas de saúde públicas adicionais.