Polémica em torno das máquinas de venda automática
As restrições do Estado de Emergência por causa da pandemia por Covid-19 está a desesperar proprietários de bares, cafés e restaurantes. Os que vivem essencialmente da venda de café, ainda puderem vendê-lo ao postigo, mas até isso lhes foi retirado neste último confinamento.
No entanto, há uma excepção que lhes faz alguma confusão. A permissão para venda de café nas máquinas de “vending”, quer em lojas próprias, quer em estações de serviço ou outros estabelecimentos. “Nas lojas, em muitas horas do dia é fácil observar aglomerações de pessoas a tomar café”, queixam-se alguns, enquanto que outros apontam o dedo às “bombas de gasolina, que não necessitam de venda de café para sobreviver e estão diária e constantemente a servir café em máquinas industriais”.
O Governo autoriza o funcionamento de máquinas de venda automática (‘vending’), desde sejam essenciais e desinfectadas diariamente, e ainda a venda de bens de primeira necessidade por vendedores itinerantes, segundo um despacho.
O secretário de Estado do Comércio, Serviços e Defesa do Consumidor, João Torres, excepcionou a actividade realizada através das máquinas de vending por “poder revelar-se importante ao funcionamento” de empresas, estabelecimentos e outras instituições, uma vez que os pontos de venda automática disponibilizam bebidas e refeições, em alguns casos, a título exclusivo”.
Ao mesmo tempo, também reconhece que os pontos de venda automática “potenciam um contacto manual intenso com superfícies por parte dos consumidores dos respetivos produtos, pelo que os cuidados de higiene e sanitários carecem de ficar devidamente acautelados”.
Assim, o funcionamento dessas máquinas “obriga a que as empresas, os estabelecimentos ou outras instituições, diretamente ou por intermédio dos proprietários dos equipamentos, procedam à desinfeção diária das máquinas, mediante a utilização de produtos adequados e eficazes no combate à propagação do vírus”.
Apesar desta e de outras situações, o Presidente da República não está a planear fazer mudanças no novo estado de emergência, face ao que está atualmente em vigor, até 1 de março.