“Venceremos este vírus antes de julho”
O cientista espanhol Juan Fueyo, autor do livro ‘Viral’, alerta para o perigo de que a próxima pandemia tenha as propriedades da varíola ou da poliomielite, mas vê com optimismo o avanço da vacinação no mundo.
No perfil do Twitter do cientista e também escritor espanhol há uma frase que resume muito bem a essência de seu último livro, ‘Viral’: “Não há ciências e letras. A arquitectura do universo são átomos e histórias, física e ideias, fogos e artifícios, factos e metáforas”. Da sua casa em Houston, nos Estados Unidos, Fueyo afirma que no seu novo livro convergem a origem científica dos vírus com o Decameron, de Boccaccio, A Peste, de Albert Camus e O Último Homem, de Mary Shelley. “O livro conta a história dos vírus e a sua relação com a humanidade por meio do diálogo entre a ciência, filosofia, literatura, biologia, arqueologia, história e astrofísica”, diz Fueyo.
O pesquisador, que há 27 anos busca um tratamento contra o cancro no cérebro, explica como a globalização mudou as relações dos vírus com os seres humanos, insiste que a União Europeia deve criar um comité de pandemias e vaticina que em julho a normalidade voltará graças à vacina contra a covid-19: “Espero que em agosto possamos viajar, voltar ao trabalho, abraçar os amigos e comer um sanduíche de lula naquele bar da Plaza Mayor de Madrid que está sempre muito cheio.”