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Comércio prepara reabertura faseada a partir de 4 de Maio

Perspectivando uma reabertura gradual do comércio, que decorrerá durante o mês de maio, João Vieira Lopes, presidente da Confederação de Comércio e Serviços de Portugal (CCP), após reunião com o Governo, na manhã desta sexta-feira, afirmou que o sector ainda aguarda as definições finais do Executivo, as quais só serão conhecidas a 30 de abril.

O responsável avançou que, após conversações com o Governo, se mantém a indicação de, parte do comércio, começar a reabrir já a partir de 4 de maio.

Segundo o responsável, a grande preocupação do setor, na qual assentou esta reunião, prende-se com a saúde pública, quer dos comerciantes, trabalhadores ou consumidores, sendo que existe um consenso geral sobre a importância de reabrir a actividade económica.

“A reabertura será feita der uma forma escalonada, num conjunto de sectores, entre os primeiros dias de maio até ao final do mês, sendo que as decisões finais só são tomadas pelo Governo a 30 de abril, em função da evolução da situação da pandemia”, detalhou o responsável.

Contudo, avançou, há já diversos sectores que definiram, ou estão a estudar regras, para a reabertura, nomeadamente o automóvel e o de beleza (cabelos, institutos e cuidados corporais).

“Acima de tudo é preciso que hajam regras claras e contenção. Os estabelecimentos que vão abrir serão, numa primeira fase, de dimensão mais pequena, estabelecimentos de proximidade, porque olhámos para a experiência europeia, na qual diversos países tomaram decisões diferentes e tivemos em conta os seus resultados”, afirmou o presidente da CCP.

“Não havendo até agora uma posição fechada do Governo, no fundo, trocámos aqui um conjunto de impressões para ajudar a que o Governo tome a sua posição. Ao escolher estabelecimentos de proximidade queremos aliviar a tensão das deslocações e aglomerações e começar a criar um conjunto de novos hábitos, sendo que muitos deles, se vão manter durante muito tempo”, conclui.

Também presente nesta reunião, o secretário de Estado do Comércio, Serviços e Defesa do Consumidor garantiu que o Governo não será precipitado quanto à retoma da actividade económica e que não se vai regressar a uma realidade pré-covid-19 nas próximas semanas.

“Não vamos tomar medidas com precipitação, nós ainda nos encontramos na vigência do estado de emergência. Quando o Governo vier a determinar o levantamento da suspensão de algumas actividades económicas, seguramente vai fazê-lo com um conjunto de restrições, para que não sejamos levados a induzir na sociedade a ideia de que vamos voltar a normalidade antes da covid-19”, disse o governante.

O Governo decidirá sobre esta questão na próxima quinta-feira, dia 30, mas o secretário de Estado adiantou que os diferentes sectores, nomeadamente os do comércio e serviços, estão já a criar instrumentos de regulação para que os consumidores se sintam mais confiantes, aquando da reabertura de estabelecimentos.

Reafirmando uma preocupação com a saúde pública, mas também com a retoma da actividade económica, o secretário de Estado sublinhou que os primeiros 15 dias após a reabertura de alguns estabelecimentos comerciais serão de transição, com a adopção de especiais cuidados e o acompanhamento permanente da evolução da doença.

“O foco do Governo será justamente o de permitir o levantamento de algumas suspensões, com cautela, com demagogia, para que seja induzida confiança nas relações comerciais”, acrescentou João Torres.

Quanto às prioridades para a retoma, uma vez que ela deverá acontecer de forma faseada, o Governo deverá privilegiar o chamado comércio de bairro ou de proximidade.

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