Jóni Brandão, da Equipa Profissional de Ciclismo Efapel, venceu a terceira edição da Clássica das Aldeias do Xisto, ao atacar forte a derradeira subida que terminaria na meta, em solitário, celebrando com emoção este triunfo.
Uma vitória com sabor especial, por ser em casa. A prova que uniu ao longo de 153,4 km as aldeias de Pedrógão Pequeno (Sertã) a Gondramaz (Miranda do Corvo) integram a rede das 27 Aldeias do Xisto, um dos principais patrocinadores da estrutura de Ovar.
As emoções não ficaram só pela vitória. Henrique Casimiro fechou o pódio do dia, ao concluir a Clássica Aldeias do Xisto na 3.ª posição, apenas a 58 segundos do colega vencedor e colectivamente a Efapel ganhou na Geral por Equipas. Quanto à Taça de Portugal Jogos Santa Casa, que também se decidiu hoje, na categoria de Elite Jóni Brandão ficou em 2.º lugar, com 77 pontos e a Efapel em 3.º, no Ranking por Equipas.
Sobre a corrida, desde o início foi bem disputada, ao formarem-se vários grupos de fugitivos, mas sem nenhum deles a passar os dois minutos de vantagem sobre o pelotão. A EFAPEL, que coletivamente se apresentou de forma exemplar, foi sempre assumindo ao longo da prova o controlo na perseguição dos escapados.
Mas estava mais do que visto que todas as decisões ficariam para os 5,5 km finais, extensão da derradeira subida que culminaria na meta, com uma inclinação média de 8,5% e rampas com pendentes próximas dos 20%. Jóni Brandão puxou dos galões e dos seus dotes de trepador nato e atacou, a menos de 4 km do final, numa pujante “cavalgada” em solitário até à meta.
Brandão, nos segundos imediatos após cruzar a linha da meta, disse que “se estivéssemos a falar de futebol, eu só tive de marcar o golo! Agradeço à minha equipa, que coletivamente fez o trabalho todo para eu ganhar. Só tive mesmo de empurrar a bola para a baliza!”, explicou, ainda emocionado. Para o trepador esta é “uma subida nova no ciclismo. Dura, com poucos pontos de descanso”, considerando que “precisamos muito deste tipo de chegadas, porque muitas vezes fazemos corridas duras e o final acaba por não ser muito exigente. Dou os parabéns à Federação Portuguesa de Ciclismo por ter escolhido este percurso”, concluiu.
Já Américo Silva, director desportivo da Efapel, lembrou que “esta era uma clássica que ambicionávamos vencer por dois motivos: primeiro porque é um dos nossos patrocinadores e segundo porque já tínhamos conseguido vencer o ano passado. Saímos com essa mentalidade e convicção e a equipa durante toda a etapa esteve sempre ao melhor nível e a realizar um excelente trabalho. O Jóni Brandão acabou por corresponder ao vencer a prova”.
CLASSIFICAÇÕES:
CLASSIFICAÇÃO GERAL
Pedrógão Pequeno – Gondramaz: 153,4 km
1.º Jóni Brandão (EFAPEL), 03h58m41s
3.º Henrique Casimiro (EFAPEL), a 58s
11.º Bruno Silva (EFAPEL), a 01m57s
13.º Fabricio Ferrari (EFAPEL), a 02m07s
33.º Rafael Silva (EFAPEL), a 09m45s
44.º Antonio Angulo (EFAPEL), a 11m17s
45.º Marcos Jurado (EFAPEL), a 13m10s
CLASSIFICAÇÃO GERAL DA MONTANHA
1.º Luís Fernandes (Aviludo-Louletano), 11 Pontos
3.º Jóni Brandão (EFAPEL), 6 Pontos
CLASSIFICAÇÃO GERAL POR EQUIPAS
1.ª EFAPEL
RANKING TAÇA DE PORTUGAL ELITE
1.º Luís Mendonça (Rádio Popular-Boavista), 125 Pontos
2.º Jóni Brandão (EFAPEL), 77 Pontos