CPCJ de Ovar acompanhou 3.450 crianças em 25 anos
A CPCJ de Ovar acompanhou 3.450 crianças e jovens até hoje, sinalizados pelos mais diversos quadrantes, o que inclui escolas, policia, unidades de saúde, outras CPCJ ou até mesmo familiares.
O número foi revelado por Ana Paula Rodrigues, presidente da CPCJ de Ovar, na sessão solene dos 25 anos, apontando as problemáticas que parecem ser recorrentes”.
Os casos de “negligência grave” como sendo “o espelho da falta de competência, dos cuidadores, para o exercício da parentalidade, abandono; abandono, absentismo escolar e indisciplina que continuam a carecer de uma melhor compreensão no que respeita às suas reais e possíveis soluções; violência doméstica e consequente exposição a comportamentos que podem por em causa o bem-estar das crianças e jovens”, são os mais frequentes.
Ana Paula Rodrigues revelou que esta última problemática tem aumentado o número de sinalizações, “não se percebendo ainda se de facto o número de episódios aumentou ou se efectivamente as alegadas vítimas recorrem com mais facilidade as autoridades”.
A sessão contou com intervenções de Carlos Jorge Santos (primeiro presidente da CPCJ Ovar) e Ana Paula Pereira, procuradores do Ministério Público, e João Duarte, ex-presidente da CPCJ de Ovar.
Numa iniciativa de João Duarte, foi apresentado o livro “25 Anos CPCJ Ovar”, que plasma a história do organismo.
As Comissões de Protecção de Crianças e Jovens (CPCJ) são instituições oficiais não judiciárias com autonomia funcional que visam promover os direitos da criança e do jovem e prevenir ou por termo a situações susceptiveis de afectar a sua segurança, saúde, formação, educação ou desenvolvimento integral.
O sistema de protecção de crianças e jovens e promoção dos seus direitos apela à participação activa da comunidade, numa relação de parceria com o Estado, concretizada nas Comissões de Protecção de Crianças e Jovens.
(Fotos: CMOvar)