“Coisas que as pessoas nunca mais esquecem”
O FESTA – Festival Internacional de Artes na Rua fechou após três dias cheios em que apresentou 36 espectáculos de teatro, dança, música, circo, performance e oficinas. “É difícil fazer balanços, mas do ponto de vista da programação, acho que correu muito bem”, adianta Fátima Alçada, Directora Artística do evento. para ela, o fundamental, é que “as pessoas tenham visto coisas com as quais ficaram surpreendidas”. Pelo seu lado esforçou-se para que isso acontecesse: “A programação foi diversa, englobando desde coisas super-poéticas como a “Passagem”, do jardim do Cáster, a electrónica do Rui Paixão ou a participação da comunidade na “Chuva” e muita música”.
“Não tenho noção em termos de público”, assegura Fátima Alçada, muito embora considere que é “reconfortante ver pessoas de fora na cidade que é nossa. Sei que estiveram várias pessoas ligadas a outros festivais para ver espectáculos e eu sei que a nossa fama é boa. Há uma companhia que esteve cá e convidou-me para assistir à estreia do seu novo espectáculo porque gostou de cá estar, da cidade e da nossas pessoas”.
“Trazer coisas para as pessoas verem e que nunca mais se esquecem, dá trabalho”, explica a programadora que também avisa que “procurar espectáculos para chegar a toda a gente, isso não existe”. Para a responsável, é preferível “chegar ao maior numero de pessoas, porque o nosso objectivo não passa pelas enchentes. Gostamos de ser populares sem ser popularuchos”.
Exemplos não faltam: “Este tipo de festivais têm um caminho longo: eu estive no Imaginarius, na Viagem Medieval e sei que há sempre altos e baixos, isto é um caminho longo. Vamos continuar nesta linha que é o caminho que julgo correcto”.
Sendo ao ar livre, e com uma programação planeada com muita antecedência, “nunca se sabe muito bem o tempo que nos espera. Ou chove, ou está muito calor ou muito vento, como este ano”, concluiu.
(Fotos: Henrique Ribeiro)