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Este valeguense ganhou uma Volta a Portugal

Belmiro Silva é o antigo ciclista de que falamos e que, ao longo da sua carreira, conquistou um vasto leque de títulos no panorama nacional e internacional.

Belmiro Silva deu por terminada a sua carreira em 1986, após representar o Futebol Clube do Porto, Coimbrões, Ovarense, Bombarralense e Sangalhos.

Foi campeão nacional de velocidade e pista e campeão nacional de estrada, por equipas, três vezes.

Foi também o grande vencedor de várias provas, nomeadamente, a Volta ao Minho, em 1981, e a Volta ao Algarve em 1977, 1978 e 1984.

Natural de Válega (Belmiro Pinto da Silva nasceu em 16/04/1954, na freguesia de Válega, concelho de Ovar), ao longo da sua carreira de 12 anos, foi homenageado inúmeras vezes, com destaque para 2006 em que foi distinguido como uma das maiores lendas vivas do ciclismo português.

Ganhou a Volta a Portugal em 1978, ainda fortemente marcada pela Revolução de Abril.

Era um diamante raro, escondido na simplicidade que nem a exaltação da vitória na prova-rainha desse ano conseguiu arrebatar, depois de 39 edições decorridas. À segunda aparição na prova, o “moreno” de Válega conquistou um pelotão saudoso de Joaquim Agostinho, o monstro sagrado do Alpe d’Huez que, em Maio de 1984, tombaria mesmo ao lado dele.

Ovar acordou para o feito e convidou-o para diversas provas de exibição com os vareiros a aplaudirem o novo ídolo.

Longe de imaginar o 19.º lugar no ano de estreia, na Volta de 1976, Belmiro iniciou, por brincadeira, uma carreira impulsionada pela participação em corridas de amadores, nas quais Custódio Gomes lhe detectara enorme potencial. “Convidou-me para um teste, arranjou-me uma bicicleta para treinar e lá fui eu”.

Quando deu por ela, “estava no meio da fina flor do ciclismo”, lembra, com indisfarçável nostalgia.


Belmiro Silva começou tarde e acabou cedo, despedindo-se do ciclismo menos de uma década depois da estreia, sugestionado pela tragédia que testemunhou na última das três Voltas ao Algarve que venceu. “O Joaquim Agostinho levava a amarela e eu era segundo. Tínhamos tido alguns sustos pelo caminho, mas foi já entre barreiras que um cão pequeno apareceu à frente do Joaquim Agostinho…”

 

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