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Tim Steiner está a preparar uma “montanha-russa interactiva”

Esta terça-feira é o único dia livre dos ensaios para o espectáculo de abertura do Carnaval. De resto, vai ser sempre a ensaiar até sexta-feira para que no sábado, nada falhe.

Aberto à participação de todos os que manifestaram o seu interesse no projeto até novembro, o espectáculo começou a ser ensaiado em dezembro e, na sua estreia, combinará a performance musical das 70 pessoas em palco com a intervenção do público que compareça pelas 22h na Praça da República.

“O espectáculo pretende ser uma montanha-russa interactiva de abertura do Carnaval”, declara Tim Steiner em entrevista. “A plateia deverá entreter-se, divertir-se e inspirar-se, tanto pelo que vê e ouve, como pelo que irá fazer”, acrescenta o criador que também já colaborou com Guimarães Capital da Cultura.

A particularidade do contexto de Ovar estará, contudo, garantida. “O princípio fundamental dos meus projetos é que são únicos para o povo, para o local e para a data em que se realizam”, explica o músico.

“É importante que o conteúdo e sabor da performance sejam realmente inspirados na cultura local, pelo que, embora haja estruturas de atividade familiares a cada espetáculo, como um grande ‘groove’, danças para envolver a audiência, chamamentos do palco a pedir respostas cantadas do público, etc., o material em si será totalmente novo”, esclarece.

O espectáculo explorará assim temas mais abrangentes como a pesca portuguesa e as canções, danças e marchas populares, mas vai combiná-los com aspectos mais regionais como a tradição vareira das marionetas.

“Haverá quatro movimentos [musicais] no espetáculo e o primeiro começa com o lançamento das redes de pesca”, anuncia Tim Steiner. “Depois há um baseado nas marionetas, outro que parte de uma marcha que é muito popular em Ovar e que transformamos numa espécie de tango imitativo estranho e o movimento final é como um hino ou manifesto por Ovar”, revela.

Na preparação do projecto, Tim Steiner defende que “o mais difícil foi fazer total justiça à riqueza da cultura, do ideal e do talento de Ovar”, enquanto a sua principal satisfação foi “tentar consegui-lo”.

“O prazer é ir em frente, porque é muito inspirador trabalhar com forças tão enérgicas quanto as que conheci em Ovar”, afirma o compositor.

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