… e os quebra-mares destacados?
A Câmara Municipal de Ovar e o Ministério do Ambiente querem implementar na praia vareira um sistema de defesa inovador que passa pela instalação de quebra-mares destacados paralelos à costa.
“Desde 2013 que a Câmara Municipal de Ovar tem-se substituído ao Ministério do Ambiente, por várias vezes”, diz Salvador Malheiro, garantindo que “não podemos fazer mais”. Dos tais quebra-mares destacados, “já fizemos os projectos de execução, os estudos de impacto ambiental e dissemos que ajudaríamos na comparticipação nacional para a sua construção. Agora cabe ao Governo afectar fundos comunitários para essa grande obra” com vista a mitigar a erosão, salienta o Edil vareiro.
O Ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes, disse ao nosso jornal, que o Governo está apostado em defender a costa numa “base natural”. “O que é normal haver numa praia é areia e atrás dela tem que haver dunas e é essa a nossa aposta”.
“Há situações onde há aglomerados populacionais consolidados mas a fragilidade é muito grande, como é o caso do Furdouro, em Ovar”, disse, revelando preocupação para o problema. “Estamos na fase de avaliação de Estudo de Impacto Ambiental (EIA) da construção dos quebra-mares destacados, isto é, submersos, feitos a cerca de 150 metros da costa, que servirão para quebrar muito a energia das ondas e assim dar uma resposta artificial àquilo que é a necessidade de preservar a costa neste local”.
Segundo estimativas avançadas para Ovar (e Vagos), as obras poderão custar cerca de 20 milhões de euros e vão ser comparticipadas pelo próximo Quadro Comunitário de Apoio, ficando a parte nacional a cargo das autarquias interessadas em testar quebra-mares submersos.
Crédito da foto: Mário Jorge Cunha